Tony O. Elumelu, CON, Presidente do United Bank for Africa, Heirs Holding e Fundador da Fundação Tony Elumelu fala para 21,000 jovens na Conferência Joshua Generation International Youth na Universidade da Nigéria, Nsukka.
O Presidente do United Bank for Africa (UBA), Sr. Tony Elumelu, enfatizou a necessidade de explorar o potencial dos Jovens em África de modo a catalisar o desenvolvimento socioeconómico do continente.
De acordo com Elumelu, o ressentimento jovem continua a ser uma bomba-relógio no continente, observando que os países na região continuam a enfrentar problemas em torno de extremismo, banditismo, roubo, homicídios sem sentido, raptos e vandalismo político, entre outros.
O Fundador da Fundação Tony Elumelu disse isto no discurso que ele proferiu ontem para 21,000 jovens na conferência Joshua Generation International, evento organizado pela Igreja Anglicana na Universidade da Nigéria, Nsukka, Estado de Enugu.
Ele enfatizou que a África é o continente mais novo do mundo, observando que quase 60% da sua população está abaixo de 25 anos de idade.
Em África, jovens de 35 anos e abaixo são estimulados a constituírem 70% da população do país, ele disse.
“Todavia, a taxa de desemprego na Nigéria subiu para cerca de 30% em Março de 2021. Alguns Estados têm uma taxa alta de desemprego de 56% da sua população jovem. Em África, a situação não é muito diferente: Temos 65% de todos africanos abaixo de 35 anos e muitos desses não exercem actividades lucrativas.
“A pandemia da Covid-19 e os confinamentos decorrentes expuseram a vulnerabilidade na nossa estrutura populacional. Temos agora, como continente, a geração mais nova na história – esta população jovem é o futuro da África, e é o nosso orgulho e é o nosso potencial. A urgência e a necessidade de explorar o potencial desta geração são um imperativo para a segurança do nosso futuro colectivo.”
“Temos que aceitar que estejamos a atravessar por um período difícil na nossa história onde os problemas da juventude devam ser os principais e centrais no nosso tempo. Milhares de jovens entram no mercado de emprego anualmente; e 20 milhões de empregos precisam de ser criados anualmente com vista absorverem os novos ingressos no mercado. Apenas cerca de 3 milhões de empregos formais são criados anualmente em África e este foi muito antes da inclusão da pandemia da Covid-19”, ele disse.
Falando ainda no âmbito do poder do empreendedorismo, Elumelu disse: “Para mim e meus colegas no UBA, na TEF e todo o HH Group, chegamos a acreditar que o empreendedorismo – o poder do empreendedorismo – é a chave para aproveitar o potencial desses jovens africanos.
“Ao fazer isto, garantimos o nosso futuro. Isto provem da nossa própria experiência, primeiro como empreendedores como tal e segundo como pessoas que investiram muitos recursos em TEF (capital, tempo, pessoal), com vista a ajudar a criar uma nova geração de jovens empreendedores. Estamos a ajudar a dar esperança económica e oportunidades a jovens africanos e falamos como pessoas que o fazem nesta África, em todos os 54 países africanos. A intervenção da TEF abrange todos os sectores e géneros em todos os 54 países africanos porque acreditamos que a prosperidade deve ser partilhada o máximo possível além-fronteiras e que a pobreza em qualquer ponto do mundo é uma ameaça para todos nós em qualquer lugar.”
“Para o enorme potencial da nossa juventude, devemos priorizar no nosso suporte a pequenas e médias empresas. As organizações corporativas fazem bem ao empregar pessoas mas há um limite em como muito delas possam fazer para empregarem o enorme número dos nossos jovens desempregados. Portanto, capacitar e apoiar pequenas empresas, empoderando aos nossos jovens e as suas empresas, a nosso ver é o meio mais poderoso para reduzir o desemprego no continente”, ele disse.
Elumelu nas suas considerações elogiou o Governo Nigeriano com relação a sua abordagem para tributar as pequenas e médias empresas ao dizer “Tenho a elogiar o Governo Federal pelo bom trabalho na área de remissões fiscais para as microempresas. As políticas fiscais amigáveis que encorajam os nossos empreendedores são necessárias mas o bom trabalho foi feito e o governo deve ser elogiado”.